terça-feira, 11 de setembro de 2012

Hey eaí ?!

Ei princesas,tudo bem? Amei os comentários,sério. Estou em semana de provas que só acaba na terça feira que vem, eu preciso de boas notas e eu levo um certo tempo para escrever, então só vai dar pra postar semana que vem :(
   Vou seguir de volta, e começar a ler suas ibs assim que possível, obrigada de novo.
Beijocas :**

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

♥ As Long As You Love Me - Capítulo 1/ Mudança de Vida




" Tem horas que não dá pra esconder no olhar 
Como as coisas mudam e ficam pra trás "

(Nx Zero - Onde estiver)


                                                                                                (Classificação: +14 anos)


      Bella, acorde querida.  - a voz doce e macia de minha tia invadiu minha mente, me despertando. Continuei sem me mover, do jeitinho que estava. -  Vamos Bella, eu sei que você está acordada.  - ouvi o barulho de seus saltos no assoalho de madeira do meu quarto e logo as cortinas foram abertas, deixando que a luz do sol invadisse minhas pálpebras entre abertas.
           Tá tia, eu já acordei, agora fecha isso. - reclamei cobrindo meus olhos com a mão.
           Nem pensar, eu tenho que ir trabalhar e você vai comigo, depois vamos comprar seu material escolar.  - ela disse
           Mas eu estou com sono.  - disse manhosa me escondendo embaixo da coberta.
           Ninguém mandou ficar acordada até tarde mexendo no computador. Quero você pronta em 10 minutos. Eu não vou falar denovo hein?  - a porta se fechou
            Com toda preguiça do mundo eu me levantei, saí do meu quarto e me arrastei pelo pequeno corredor até o banheiro.
           Me despi, prendi meu cabelo num coque alto e desgrenhado e entrei no box. Liguei o chuveiro e deixei a água cair pelo meu corpo, enquanto me ensaboava preguiçosamente  por 5 minutos. Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e saí correndo do banheiro enfrentando o frio do Alasca até o meu quarto.
          Escolhi uma roupa simples, me vesti, calcei meu vans e passei perfume. Fui até a cozinha e encontrei minha tia terminando de tomar sua tradicional dose de café matinal, como dizia ela. Sentei-me na mesa e comi uma torrada com manteiga e bebi suco de uva.
         Meu Deus! Já estou atrasada. Vamos Bella, vamos.   - ela disse depois de conferir as horas em seu velho relógio de pulso.
        Corri até o banheiro e escovei meus dentes. Passei pelo meu quarto e peguei meu boné e meu skate, sim eu sou menina e  ando de skate, me processe  u.u
         Pra quê isso menina?  - tia Rose disse se referindo ao meu skate,enquanto trancava a porta - No meu tempo a gente andava de bicicleta e de carrinho de rolimã, era bem mais seguro.  - eu ri -
        Saímos do nosso pequeno prédio de 3 andares, o qual nem elevador tinha, e fomos caminhando em direção ao metrô.
        Não demorou muito para que o mesmo chegasse quando adentramos a estação. Embarcamos no metrô. Encostei minha cabeça na janela enquanto pensava na vida. Faz 5 anos que moro com minha tia aqui em Nova York, desde que minha mãe morreu em um acidente de carro, eu acho. É estranho mas eu não tenho certeza sobre a causa da morte de minha mãe, também já faz tanto tempo, 7 anos é muito tempo, só o que sei é que foi quando morávamos no Brasil.
       Nos mudamos pros Estados Unidos dois anos depois, eu e minha tia. Sofremos muito com a morte da mamãe, mas eu acho que quem mais sofreu foi meu pai.
       Michael Smith, meu pai, mudou-se para Miami depois que minha mãe morreu, me deixando com minha tia. Ele ficou realmente mal, confesso que fiquei muito chateada na época porque pensava que meu pai não me amava, mas conforme eu cresci eu entendi seus motivos. Desde então só nos vemos em datas festivas especiais com Natal, Ano Novo, Dia de Ação de Graças, mas nos falamos por telefone 2 vezes por semana.
        Olhei para minha tia e ela sorriu, sorri de volta. Ela tem 45 anos, cabelo loiro escuro e é um pouco baixinha mas ela é uma mulher dedicada e esforçada. Trabalha como historiadora no Metropolitan Museum of Art* que fica na Fifth Avenue**, uma das avenidas mais movimentadas de Manhattan.
      O trem diminuiu de velocidade e o condutor anunciou a chegada na estação em que a gente sempre desce.


   [...]


         Isabella, minha sobrinha querida, será que dá pra parar de rodar nessa cadeira? Está me desconcentrando.   - minha tia brigou comigo injustamente. Estou nesse museu há horas e não tem nada pra fazer aqui, sem falar que ninguém precisa de concentração pra limpar uma estátua velha.
           Ah tia Rose, não tem nada pra fazer.   - reclamei
           Por que não vai dar uma olhada no museu?     - ela perguntou  enquanto colocava uma mecha rebelde de seu cabelo atrás da orelha e voltada ao trabalho
           Eu conheço esse museu como a palma da minha mão, além do mais a quantidade absurda de câmeras e seguranças vigiando tudo e todos sem parar me incomoda.   - falei rodando na cadeira de novo. Tia Rose suspirou.
          Tudo bem, o que quer fazer?     - ela questionou limpando as mãos num pano
          Posso andar de skate?    - perguntei me fazendo de boba
          Dentro de um museu? Mas é claro que não, tá ficando maluca, Bella?  - tia Rose disse indignada, o museu é um lugar sagrado pra ela, eu ri.
          Eu to falando de ir andar de skate com os meu amigos.    - disse
          Bella já são 03:00 horas , já estou quase acabando.    - ela disse organizando sua mesa
           Ei tia, eu sei muito bem que o expediente de Vossa Senhoria só termina daqui a três horas e meia.     
          Bella, me chamar por nome nobre não vai me convencer.   - aff  tia.
          Por favor?!    - fiz cara de cachorrinho pidão
          Esteja em casa às 6 e meia.   - urrul sou foda. Levantei e peguei meu bebê (skate) -  Ouviu né?  E  deixe seu celular ligado.
         Okay,tchau tia.   - fechei a porta e atravessei o museu enquanto discava o número de Debby, minha melhor amiga, no meu IPhone 3Gs.


              * Ligação Mode On *

                Hey Debby, é a Bella.
                            [...]
 Ah, larga de ser grossa, Debby. Onde você está?
                            [...]
         Okay então, to indo pra aí.

                *Ligação Mode Off *


        Peguei o metrô e não demorei muito para chegar no local combinado, o Central Park.
        Logo que adentrei o parque avistei meus amigos: Debby, Nolan, Claire, Tyler e outras pessoas que eu não conheço.
         Oi gente.    - cumprimentei meus amigos e ficamos andando de skate a tarde toda.


  [...]


          Ei então nos vemos amanhã?   - lá estávamos eu, Debby e Nolan em frente ao meu prédio, já estava de noite. E Nolan queria ir pra casa.
         Não, vamos subir, a gente pede uma pizza, garanto que tia Rose não vai achar ruim.
         Bom, já que insinte.   - disse Debby mais folgada impossível, entrando no prédio.
         Se minha vó brigar comigo a culpa será de vocês.   - resmungou Nolan enquanto subíamos as escadas. Sim, ele mora com a avó, nunca conheceu o pai e a mãe sumiu no mundo, o deixando com a avó, uma velhinha simpática.
        Olá meninos, quanto tempo.   - Tia Rose disse abrindo a porta e abraçando Debby e Nolan.
         Eaí tia, já jantou?   - Nolan falou se jogando no sofá
        Nolan, disfarça vey.    - Debby disse rumando um travesseiro na cara dele
        Ainda não comi, e a propósito, que tal pedirmos uma pizza?   - Tia Rose disse pegando o telefone e discando o número da pizzaria
       Tia, você é um anjo.    - a abracei, estou morrendo de fome. A última vez que comi foi às 2 horas da tarde, quando almocei.
       Conversamos, rimos e comemos pizza de pepperonni, umas das coisas que mais sinto saudade do Brasil, além do clima agradável, é a comida, enfim, estava tudo normal. Exceto por uma coisa, minha tia estava muito estranha, quieta, mal comia e não me deu bronca por causa do meu ''pequeno'' atraso de uma hora e meia, ela geralmente implica comigo por conta do horário em que eu devo chegar em casa.
       Ela acha que por nós moramos em Nova York, se eu ficar na rua até tarde, um pedófilo de 50 anos vai me sequestrar e fazer sem lá oque comigo (parece minha mãe). É meio paranóico isso, mas eu sei que ela só se preocupa comigo.
        Nolan e Debby foram embora lá para as 10 horas, após fechar a porta, estava indo ao banheiro quando minha tia me chamou.
        Bels, podemos conversar?    - estranhei, ela nunca me chama de Bels, quem me chamava assim era meu pai antes, antes da morte da mamãe.
        Pode ser depois, tia? Queria tomar um banho.  - pedi
        Tudo bem.   - ela suspirou. Dei de ombros e entrei no banheiro.
        Depois de tomar meu banho, escovei meus dentes, vesti meu pijama, passei uma colônia de bebê e calcei minha pantufa, ai como sou meiga (Só que não kkk). Fui para sala.
        Eaí tia, queria falar comigo?     - perguntei enconstada na parede
        Bella, sente-se aqui.    - fui até ela e me sentei ao seu lado no sofá
       Aconteceu alguma coisa, tia?   - perguntei
       Sim.  - ela fez uma longa pausa - Hoje quando você saiu do museu, meu chefe foi falar comigo e, bem  - ela pareceu tomar coragem para falar por alguns segundos - ele quer que eu vá para Tóquio, para o Museu Nacional de Tóquio, pra ser mais exata.
       Quantos dias você vai ficar lá?   - indaguei
       Bom, Bella você sabe o quanto esse museu é importante, é o maior e mais antigo museu do Japão e  - agora a ficha caiu -
        Pera aí, você não está pensando em se mudar para Tóquio, pra morar lá, né?    - a interrompi aumentando meu tom de voz -
        Bella, calma. É uma ótima oportunidade para minha carreira profissional.    - ela disse baixo -
        Carreira profissional? Como a gente vai morar no Japão? Vamos nos comunicar com gestos?   - levantei do sofá irritada -
        Calma Bella, eu já fiz um curso de Japonês ano passado lembra?
        Mas e eu?    - perguntei incrédula com o que minha tia tá dizendo -
        Você vai morar com seu pai, em Miami. Você vai pra lá amanhã a noite, suas passagens já estão compradas, seu pai está ansioso...  - a interrompi de novo -
        Você não pode fazer isso!  - gritei - Eu tenho amigos aqui, tenho uma vida que eu não quero deixar pra trás como eu fiz no Brasil quando eu tinha 10 anos. Você é uma egoísta!
        Isabella Smith  - ela se levantou e ficamos frente a frente - Você não tem o direito de falar assim comigo. Eu cuido de você desde que sua mãe morreu, trabalhei duro para te dar tudo o que você merecia, quantas vezes eu deixei de viajar para escavações importantes em outros países para ficar com você?  - agora ela gritava e eu já estava chorando -
         Não precisava ter ficado comigo, era só me deixar com meu pai, algum outro parente no Brasil, ou até mesmo num orfanato, seria bem melhor do que ter que ficar com você. Eu odeio você, odeio!   - gritei e fui para o meu quarto.  -
          Me joguei na cama em lágrimas, eu sou muito sensível cara, me apego muito rápido as pessoas, não posso me mudar agora, eu tenho uma vida aqui.
          Acabei pegando no sono.

         [...]

          Acordei com um barulho no meu quarto. Abri os olhos e ao ver que minha tia colocou umas caixas e malas no meu quarto, levantei irritada.
          Arrume suas malas, seu vôo parte às 7:00 em ponto e o táxi estará aqui às 5 e meia. 
          Tá, tá.    - resmunguei e bati a porta quando ela saiu
          Olhei para o relógio na mesinha de cabeceira, 8 horas da manhã, ninguém merece. Suspirei e comecei a arrumar minhas coisas.
   
          [...]
  
             Então amiga, a gente vai se falar sempre, né?   - perguntei com meus olhos já marejados
             Claro boba, e não vai me trocar por nenhuma piriguete não hein?   - Debby disse
             Pode deixar.   - nos abraçamos novamente e ela começou a chorar em meu ombro.



                          




                 Depois de alguns longos segundos ela me soltou. Nolan se aproximou de mim sem graça, ele tem um certo trauma de despedidas.

                 Então nos vemos por aí.    - ele disse dando um tapinha em minhas costas, me fazendo rir
                 Pôh Nolan, não adianta fingir que não vai sentir minha falta.   - falei em tom de brincadeira
                 
                 Ele me puxou para um abraço e beijou o topo de minha cabeça, acariciando meus cabelos, não precisamos de palavras pra demonstrar o quanto sentiremos falta um do outro.



                                   



                   " Atencão senhores passegeiros do vôo 2407, com destino a Miami, favor dirigir-se ao portão de número 5. "    - a voz da mulher ecoou pelo sistema de som do aeroporto, interrompendo nosso abraço.  

                    Então, é isso aí.    - disse respirando fundo depois que me soltei de Nolan
                    É, sentiremos sua falta.    - eles disseram em coro.
                    Boa viagem Isabella.     - minha tia, disse, um pouco afastada de nós.
                    Tchau.     - respondi seu ânimo nenhum, fui até o cara grandão de terno preto com uma maquinha e mostrei minhas passagens pra ele.
                   Atravessei o portão e olhei uma última vez para meus amigos queridos e minha tia, que estava tentando se fazer de forte, fingindo que não queria chorar, e passei pela máquina de raio x.
                   Segui depois para o portão de embarque, deixando minha vida em Nova York pra trás e com o coração na mão, embarquei.  



                                             

                                                            Continua (...)
                                         - Com 2 comentários posto mais





Vocabulário: 

* Metropolitan Museum Of Art - Museu Metropolitano de Arte de Nova York  
** Fifth Avenue - Quinta Avenida ou 5th  Avenue


 

    Eaí mesninas, gostaram? Bem,essa é a primeira IB que eu escrevo, então me deem um desconto,rsrs. Me digam o que acharam e se puderem sigam meu blog (eu sigo de volta, é só pedir)  :)
    Se quiser que eu leia/siga/divulgue seu blog, deixe um comentário aqui em baixo com sua url, é isso, tchau princesas, até a próxima   :**


  Ps: Meu nome é  Lara, mas podem me chamar da forma que quiserem  :)